13 de ago. de 2008

in.side

Conheci uma garota
Seu nome era positividade
Ela era uma péssima mentirosa
disse que era minha amiga
mas não me visitava todos os dias
Ficou semanas sem dar as caras
sumiu
eu não ia atrás
tbm não queria saber
Até que um dia, eu liguei
Ela disse com seu jeito feliz:
adoro quando vc me procura
durou uns dias
depois
sumiu, de novo
Tenho que me acostumar com esse tipo de coisa

7 de ago. de 2008

o que os olhos vêm.

Tava dando uma navegada básica no orkut é uma coisa que venho fazendo muito. Uma pq é bem legal olhar as coisas alheias (mas é pra isso que o orkut existe, vero?) e outra pq não ando tendo muito o que fazer. Quando fico atoa começo a pensar de mais e olhando as fotos de alguns álbuns, até mesmo de quem eu não conheço, percebi que ta todo mundo muito feliz e contente.
São fotos de festas, de vários e vários amigos reunidos, de pessoas apaixonadas, de lugares incríveis. Como as fotos deixam tudo lindo! Mas não estou dizendo que é ruim, aliás parece ser uma coisa de alta necessidade mostrar que ta tudo bem, principalmente pra quem vem bisbilhotar.
Não me excluo dessa, meu álbum ta bem feliz. Há algum tempo atrás, mas especificamente no reveilon, tinha uma foto minha no Castelo Sforzesco em Milão. Quem via aquilo podia até pensar: “caraio, que chik ! Puta lugar pra passar a virada heim!”. Saibam que é mesmo um puta lugar, mas quem foi pra lá na noite do reveillon é pq não tinha planejado nada e lá foi fim de festa, sem falar de como eu estava triste de estar longe de todo mundo.
As minhas fotos hoje estão mais verdadeiras, sei que as de muitos álbuns que eu olhei tbm são. Mas tenho certeza que milhares de outros são montagens de “olha como eu to bem” ou “olha como foi legal”.
Dizem que uma imagem substitui mil palavras, mas eu ainda sou adepta a uma boa conversa fora do mundinho azul do orkut.

3 de ago. de 2008

2 de ago. de 2008

Sabe como é né


Domingo passado uns amigos vieram em casa e como eu acabei de me mudar não tinha nada na geladeira. Mas aqui tem um certo problema nesse dia, domingo não se trabalha em Milão, quase tudo é fechado, só extra comunitários trabalham (entenda-se por chinas, japas, marrocos, indianos e outros estrangeiros. Ah sim, brasiliani estão nessa lista).

Bom, então sai na caça de algo aberto, depois de muito andar (com o sol rachando na cabeça) entrei num mercadinho indiano, era tudo indiano, comida, coisas, latas, tudo. Até a mulher do caixa tava vestida com aquelas roupas coloridas (que eu acho o ó!). E eu na minha sublime sonsêra pergunto a gentil moça: Vcs vendem carne? levou 2 segundos ainda para perceber como fui mongol, talvez foi quando a mulher me olhou com uma cara de " deus vaca perdoe essa pessoa que come sua carne". Ou então foi o retomar da minha consciencia cultural ao lembrar que "alouuuu hindu nao come carne!". Juro que pensei em dizer que era carne se soja, mas nisso a mulher ja tava suando na minha frente e respondeu: não, carne não vendemos. É, sai de lá o mais rápido que eu consegui. Hoje comemos um bifão bem acebolado e pensei: as vacas são mesmo ótimas.